24 de nov. de 2008

DIÁLOGO

- Certas horas meu coração vacila. Ou minha mente. Ou qualquer coisa dentro de mim, que faz o coração apertar.
- Então reze, chore ou leia uma bula. Ou qualquer coisa que guarde o vacilo no agora, sem deixa-lo escapulir por lacunas inaudiveis.
- O que sai é um grito mudo, de mim pra mim mesma, como se o grito arracasse deseperadamente o que prende meu peito. Meu corpo reclama carinho. Sou eu, brigando comigo mesma. Serenidade, penso. Tudo vai passar.
- Produzir poéticas desse grito agudo. Retire dele a mudez para que ela não se rebele e ordene que ele se faça alerta no ouvido alheio. Mais claro digo: grite para si sempre, respeitando sua capacidade auditiva. Respire e perceba: tá passando nega.
(daí o blog.)

Um comentário:

  1. Se conseguimos produzir diálogos assim em mensagens de ceclular, o que não somos capazes de fazer no papel? ...

    "Um dia vestido de saudades vivas, faz ressussitar"

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