Era assim que estava a vida de Berenice depois que sua avó lhe disse que tinha acabado o tempo de sentir pena de si mesma: boa. Porque, junto com outras coisas, parecia agora que Berenice podia ver com mais clareza que as pessoas têm o direito de desempenhar qualquer papel que escolherem. Que ela não precisava viver o enredo de ninguém. E até as mães têm esse direito. De fazerem-se todo o bem e todo o mal que desejarem vivenciar. Não, Berenice não possuía poderes nem direitos sobre a vida de ninguém. Não podia transformar, não podia interferir. Cada um é o único deus de si mesmo. Essa é a única verdade.
[A Neta de Nanã - Livro 02, Capitulo 05]
ps: Roubado do blog de Lisa.
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